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sábado, 28 de maio de 2011

Aligator

Ordem: CROCODYLIA (CROCODILIANOS)

Família: Alligatoridae

Distribuição e Habitat : Encontram-se no Sudeste dos EUA, desde a Carolina do Norte ao Texas. Vivem em cursos de água relativamente lentos, lagos e áreas pantanosas.



Identificação:
Quando adultos, os machos podem atingir 4,5 metros de comprimento (foi registado um comprimento máximo de 5,6 metros); as fêmeas são mais pequenas, atingindo 3 metros de comprimento máximo. A cabeça é relativamente larga e achatada, o focinho é arredondado e o quarto dente da mandíbula inferior fica oculto quando o animal fecha a boca, sendo esta uma das características que facilmente distinguem os aligátores (família Alligatoridae) dos crocodilos (família Crocodilidae). Os crocodilianos, em geral, têm dentes cónicos e afiados; possuem, normalmente, 28 a 32 dentes na mandíbula inferior e 30 a 40 dentes na mandíbula superior; assim, um adulto pode ter cerca de 70 a 80 dentes. A pele é cinzenta ou negra e está coberta por escamas e placas córneas. Apresentam membranas entre os dedos (membranas interdigitais) e fortes garras. A cauda é achatada lateralmente.


Hábitos:
Os aligátores capturam e dilaceram as presas com os seus dentes afiados, mas não as mastigam, engolindo grandes bocados de carne ou toda a presa de uma vez. Estão mais activos durante o dia. Estes répteis não se alimentam durante os meses mais frios. Em geral, durante o Inverno, hibernam em tocas construídas por eles próprios e sobrevivem à custa das reservas de gordura que acumularam durante o Verão. Estudos feitos em cativeiro revelaram que começam a perder o apetite se a temperatura for inferior a 27ºC e que deixam de se alimentar quando as temperaturas são inferiores a 23ºC. Mesmo a temperaturas negativas, os aligátores conseguem sobreviver deixando apenas as narinas fora de água (em caso de ficarem totalmente cobertos pelo gelo podem passar oito horas sem respirar, devido a uma grande redução da taxa metabólica). Existem registos de ataques a humanos, embora estes sejam relativamente pouco frequentes e normalmente ocorram como forma de “defesa” do território ou da prole.

Dieta:
Os juvenis alimentam-se de invertebrados (insectos e crustáceos), peixes e anfíbios. Os adultos ingerem, também, serpentes, tartarugas, mamíferos (incluindo crias de bovídeos), aves e cadáveres. Pode ocorrer canibalismo (os adultos podem ingerir juvenis da mesma espécie).

Reprodução:
É uma espécie ovípara. Os acasalamentos ocorrem no fim da estação seca ou no princípio da estação húmida. Os machos atraem as fêmeas fazendo vibrar a água sobre o dorso, com o auxílio das respectivas escamas. O ritual de acasalamento é normalmente iniciado pela fêmea. Neste ritual, que pode durar horas, os parceiros empurram-se mutuamente e cada um pressiona cabeça e o pescoço do outro, de modo a avaliar a sua força. O acasalamento ocorre na água. Existe poligamia (o macho acasala com mais do que uma fêmea durante a mesma época reprodutora). A fêmea constrói um ninho de lama e vegetação apodrecida, num local abrigado próximo da margem, onde deposita 20 a 60 ovos (em média, 35 a 40). O período de incubação é de cerca de 65 dias. A progenitora guarda o ninho durante este período e depois da eclosão acompanha as crias durante um a três anos. Contudo, apesar da sua protecção atenta, os juvenis são muitas vezes caçados por guaxinins, aves, grandes peixes e outros aligátores adultos. Os aligátores atingem a maturidade sexual com um comprimento médio de 1,9 metros, isto é, entre os sete a 15 anos de idade, nos machos, e entre os nove a 18 anos de idade, nas fêmeas (o crescimento é mais rápido nos machos e nas zonas mais a sul da área de distribuição desta espécie).


Estatuto de conservação e principais ameaças:
A espécie não se encontra globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Apesar da caça intensa de que foi alvo, desde o século XVIII até meados do século XX, para o comércio de peles, hoje é relativamente comum devido à legislação implementada e, inclusive, criada em cativeiro. Têm vindo a ser detectados recentemente altos níveis de mercúrio (poluente aquático) em alguns indivíduos, o que pode a longo prazo comprometer a conservação desta espécie. A expansão das zonas agrícolas é outro importante factor de ameaça. Pertence ao Apêndice II da CITES.

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